Tem dias que acordo um tanto melancólico. Motivação abatida, dia cinzento e uma vontade enorme de não sair da cama. Que saco! Temos de sair. Eu, pelo menos, tenho coisas a fazer.
Eu gostaria de receber, todos os dias, a notícia da novidade: fui aceito no estágio, teremos viagem para Minas Gerais ou quando bati os pés, à noite, em Ezeiza. Mas é simplesmente improvável. Mesmo que eu não saiba o que vá acontecer ao longo do meu dia ou do resto da semana.
A possibilidade de encontrar as mesmas pessoas, fazendo as mesmas coisas de sempre, agindo da mesma maneira de sempre, pensando as mesmas coisas… é broxante! E tudo o mais se torna broxante!
Dá vontade de gritar!
Somos incompletos. Por isso nos sentimos vazios – ou melhor, nunca nos sentimos plenos. Sempre haverão perguntas fundamentais procurando respostas fantásticas. Nunca encontraremos essas respostas. Talvez não por enquanto, talvez não por aqui. Esperemos.
E foram essas mesmas perguntas que me incitaram a reflexões. E, através destas, cheguei a conclusões bastante interessantes sobre mim mesmo, sobre a vida, o universo e tudo mais – hehehehe…
Temos uma necessidade fundamental: é a continuidade definitiva. Eterna. Não sabemos de onde viemos e nem para onde iremos. Mas, em mim, sempre houve uma silhueta mínima de esperança. Esperança… esperar… espero algo que voltará.
Estou redescobrindo um velho conceito há muito esquecido ou escondido, mas que está me trazendo de volta conforto. E este conceito me diz: tenha certeza naquilo em que se espera.