Um ano.
Por 365 dias, nossas atividades estiveram paradas motivadas por forças superiores, sejam estas o desinteresse, a preguiça, a desmotivação e a falta de internet em casa. Não, o ser humano não costuma prestar e admitimos isso.
Não houve milagres para a ressurreição deste blog, sequer houve um comando verbal que o fizesse arrastar-se de volta do limbo até aqui. O que realmente ocorreu foi uma confluência de fatores positivos. No miracles, so far.
E, senhores, o ser humano pequeno que pausa o trabalho por se achar pouco motivado é também o gigante, que ressuscita o que parecia perdido e não desiste do que aparenta estar quase morto. É aquele que se rende ao errado para aproximar-se e, então, melhorá-lo
Voltamos, gente.
E assim como o que era vivo morreu e ressucitou, vamos tocar em assuntos cíclicos.
A pandemia do H1N1 não levou o mundo ao Apocalípse biológico e, vejam só, a vida continua em sua chatice de sempre. Como o Segura sobrevive graças às mazelas da sociedade brasileira, ainda teremos bastante panos para a manga e, sim, poderemos até nos dar ao luxo de variamos pouco nos temas.
Pois se os problemas surgem da conformidade do humano e o humano continua o mesmo, podemos citar o Led Zeppelin e afirmar categoricamente: “The Song Remains the Same”.
Assim como o que veio foi-se, a mídia trará as novas ameaças. Em breve, talvez menos de um par de anos, veremos novamente os conspiracionistas proclamarem que o mundo irá acabar, que estamos vivendo um processo de extermínio controlado de quase toda a população mundial, que a futura epidemia do momento irá nos aniquilar, que a violência urbana gerará o caos e que, em suma, estaremos fodidos.
De fato, parecemos precisar do desastre para tornar nossas vidas menos ordinárias. Aonde há desastres há heróis e, assim, encontramos espaço para atuar na peça. A terra é um condomínio de alicerces mal estruturados e super-lotado.
Qual é o seu apartamento no nosso querido “Balança, mas não cai”?
Continuo tão ácido quanto sempre, mas descobri o conforto no bem-querer. Pasmém, isso também está ocorrendo com meu companheiro de blog. Estamos descansando no acampamento, mas a guerra persiste.
Hoje fui o arauto da boa nova, aquele que vos trouxe o evangelho. Amanhã, traremos novamente as críticas ao nosso “sucesso do desastre” diário.
E o Renato Russo continua lembrado: Urbana Legio Omnia Vincit. Freddie Mercury, Cazuza e o Manfredini sabiam…ah, eles sabiam das coisas como o são!
Mas não esqueçam: aqui não há conforto, aqui não há Deus, aqui não há paz duradoura nem cafuné: estamos no front até o fechamento do blog.
Mas hoje, hoje estou de folga. Vou beijar minha pequena e ser feliz.
Porque isso é coisa muito boa e fugídia…
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